Como é fácil perceber, enxergar e apontar os pontos a serem mudados pelos outros. Nós sempre sabemos na ponta da língua quais as atitudes, expressões, gestos, vocabulários e vestimentas que o outro deveria utilizar e praticar para ser melhor. Mas, melhor para quem? Melhor para nós, sob o nosso conceito, ótica e boa dose de arrogância. O meu jeito é o jeito certo para mim. Mas, a partir do momento em que quero impor o meu modelo e o meu jeito ao outro, estou sendo extremamente arrogante. Logo eu que sempre critiquei as pessoas arrogantes, e percebo que muitas vezes ajo como elas.
Tão simples e automático ver o que é melhor para o outro, o que o outro deveria fazer, e na mesma proporção complicado olhar para dentro e ver o que precisa ser mudado em nós mesmos e a partir de nós. Somos pessoas, seres de luz e de sombras, absolutamente perfeitos com nossas múltiplas imperfeições. Pessoas não são como fábricas de Coca-Cola, com latinhas e garrafas saindo milimetricamente iguais e com conteúdo homogêneo. Muito pelo contrário, somos únicos, complexos e bastante complicados.
Por isso, a convivência entre as pessoas não é nada simples. Toda mudança deveria começar por nós. Ninguém muda a menos que queira de fato. Então, melhor nos concentrarmos no que temos poder, que é modificarmos e aprimorarmos a nós mesmos. E então, quem sabe, a partir disso o nosso entorno acaba aos poucos se transformando também.
Palavras ao vento são somente palavras ao vento, sem nenhum objetivo e resultado. Falar para quem não está disposto a ouvir é igual falar com a parede. Desperdício de tempo e energia. E provavelmente se encaixam aí as grandes discussões por quem está com a razão, quem ganhou esta, ou quem falou mais alto. Quem vence? Ninguém. É o perde-perde. De energia, relacionamentos, diálogo e respeito.
Ao invés de apontarmos e determinarmos como deveriam ser os nossos amigos, filhos, chefes, colegas e maridos, podemos fazer isso conosco. Um primeiro passo que decidimos dar e já não estamos mais no mesmo lugar, nem do mesmo jeito. Quando a gente muda, começa a atrair coisas diferentes e também a repelir pessoas e situações que antes pareciam normais e agora já não são mais aceitáveis.
Se o outro não quer mudar, mude a si mesmo e quem sabe o mundo ao seu redor não começa a ficar diferente. Se os resultados não vêm diretamente, coma pelas beiradas. Não deposite nos outros o que depende só de você. Ninguém é responsável pela felicidade, sucesso ou falhas de alguém. Assuma a responsabilidade pela sua vida, seus projetos e pelos resultados que você obtém. O poder de mudar está em nossas mãos e mentes. Não espere alguém acender a luz para você ou mudar por você, mude a si mesmo. Continue a nadar e se mantenha em movimento, como a querida Dori de Procurando Nemo.
Duas xícaras de chá de paciência.
Uma xícara de chá de tolerância.
Uma xícara de chá de respeito.
Um grande punhado de amor próprio e outro de humildade.
Uma xícara com pedaços de autoconhecimento e outra de persistência.
Já temos os ingredientes para começar. Se não der certo na primeira vez, não desista. Continue tentando, aperfeiçoando e aprimorando a sua técnica. Se necessário, dobre as quantidades dos ingredientes e vá percebendo qual medida atende melhor o seu gosto, o seu perfil, o seu jeito e o seu paladar. Faça sob medida e único como você.
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