A empresa vigia o meu computador?

 

Até onde é permitido ir? Posso enviar e-mails pessoais? A empresa irá vigiar o que eu disser? Posso assistir a vídeos e navegar pelas redes sociais?

A visão geral é  de que o computador e a Internet são ferramentas para auxiliar no trabalho do funcionário, por isso, a empresa pode vigiar seus passos desde que o empregado esteja ciente disso.

Nos Estados Unidos, por exemplo, três em cada quatro companhias monitoram o uso da Internet de seus colaboradores, e pouco mais da metade arquiva as mensagens de e-mail do empregado, de acordo com uma pesquisa realizada pela American Management Association.

Aqui no Brasil, as organizações também têm esse costume, por questões como controlar a produtividade e impedir a contaminação do computador por vírus ou a fuga de arquivos e informações confidenciais do negócio.

“As empresas se preocupam muito também com pirataria, direito autoral, pornografia, pedofilia e crimes virtuais diversos”, explica a advogada especialista em direito digital, Patrícia Peck.

Apesar disso, desde que se tenha bom senso, é aceitável o uso para fins pessoais. “Não sou favorável à proibição do uso da internet. A melhor maneira é que as pessoas estejam conscientes e usem os equipamentos de forma consciente. Ninguém quer prejudicar seu desenvolvimento profissional pelo mau uso das ferramentas de trabalho”, destaca Francisco Soeltl, especialista em tecnologia.

Proteja a sua privacidade online

A recomendação é ponderar o uso particular e utilizar os horários permitidos pela empresa.

Confira algumas dicas para manter sua privacidade online no ambiente de trabalho:

• Entenda que a empresa é obrigada a reter e arquivar os registros do seu e-mail corporativo. Ele possui valor legal, portanto é preciso ter cautela com o conteúdo das suas mensagens;

• Não se iluda com a falsa sensação de segurança em contas de e-mail pessoal ou ferramentas de mensagens instantâneas. A companhia pode, a qualquer momento, demiti-lo por conduta indevida ao acessar sites não permitidos no seu contrato de trabalho;

• Reconheça que a maneira mais fácil de não correr riscos é controlar conteúdo eletrônico no expediente. Em outras palavras, cuidado com o que escreve e, principalmente, acessa. Isso significa evitar qualquer linguagem obscena, pornográfica, ofensiva, difamatória e/ou mensagens em tom ameaçador;

• Não deixe documentos e arquivos pessoais no computador da empresa, nem no e-mail corporativo, já que eles, por direito, pertencem à organização e não ao funcionário. Aí, não adianta alegar invasão de privacidade.

 

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